terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mancha Verde: injustiçada ou incompetente?

Mancha Verde reeditando o enredo de 2006 (!) no carnaval 2014. Ao cair para o grupo de acesso, a escola abdica de falar do centenário do time oriundo, o Palmeiras, para levar à avenida novamente um enredo que fala de perseguições, injustiças, etc.

À primeira vista pode parecer bonito, afinal, coitada da Mancha, caiu, uma pena. Mas, ao analisar friamente a situação, a escola desmerece o grupo de acesso sem pestanejar. A justificativa é que no acesso o Palmeiras não teria o destaque que merece  e que teria no Grupo Especial (com toda a justiça). Ao mesmo tempo diz que o acesso é disputado, etc, etc. Então o Palmeiras não teria condições de ser enredo no acesso? O Palmeiras foi deixado para 2015. Isso SE a escola voltar ao especial, o que é um risco num acesso disputado entre Vila Maria, Camisa Verde e 3º Milênio.

Uma escola tão jovem, reeditar um enredo tão recente (apenas 8 anos) é, no mínimo, falta de criatividade e mais uma oportunidade de mostrar que falta muito para a Mancha ter um lugar entre as boas e grandes escolas de samba. Foram nove anos no especial e nenhum campeonato (três quartos lugares seguidos, o que não é grande coisa). Se as outras caem, não é injustiça. Mas se a Mancha cai, é injustiça, ela é perseguida, e etc, etc, etc.

Além disso, ao invés de escrever – e manter – o enredo na historia, vai “matá-lo” e não reescrevê-lo. É como uma novela que é reprisada várias vezes: perde o encanto. E um samba e um enredo desse não merece isso. Mesmo que na época o enredo não tenha sido julgado, não é hora de “gastar” este enredo. Em 2006 a Mancha disputou sozinha o “grupo de escolas esportivas”, já que a Gaviões da Fiel ganhou, na justiça, o direito de desfilar com as outras escolas do grupo especial.

Uma escola que se mostrava “forte” e determinada a ser campeã do especial não me parece “injustiçada” ou “perseguida” a ponto de reeditar um enredo tão recente. Me parece despreparada,  com uma forte amargura – ainda que neguem – e correndo um grande risco de não voltar ao especial.

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