quarta-feira, 12 de junho de 2013

Um erro

fotomontagem Rolet20conto
Retiro (quase) tudo o que está dito na postagem que vem logo depois desta.

Mantenho o texto pois já está publicado. Lido por não sei quem. Mas publicado.

No mesmo espaço que uso para falar o que penso, quero usá-lo para falar que mudei o que pensava.

Não é uma "juventude imbecil e inconsequente". Temos, claro, os laranjas podres. Como em qualquer organização. Nesse texto, o outro lado da manifestação: http://papodehomem.com.br/o-protesto-que-eu-nao-vi-pela-tv/

Talvez não seja um "bando" de estudantes.

Mas ainda acho que quem não mostra a cara, algo de errado está fazendo.

E sim, a tarifa é alta. Os vinte centavos (ou dez para estudantes que pagam meia) de aumento soam como uma afronta ao serviço que é prestado. A palavra é: aumento. Esse é o problema, e não necessariamente o valor. Não só em São Paulo, mas em várias outras capitais.

Os vinte centavos são máscara que esconde outros problemas: corrupção, abusos de poder, desvios, má educação oferecida nas escolas, serviços de saúde ineficientes, violência, etc.

Não, não é uma minoria, apesar de ter (infelizmente) alguns "burgueses revolucionários" e "pobres arruaceiros".

Que esses protestos desencadeiem mais uma serie de outras manifestações em prol de outros temas.

A "baderninha" se tornou algo muito maior que isso. Ganhou até repercussão internacional: http://internacional.elpais.com/internacional/2013/06/12/actualidad/1371000636_370579.html

Protesto, via de regra, não tem regra.

A sociedade tem pago caro com os protestos. Mas, é o preço.

Talvez melhore. Talvez não.

Talvez faça valer o ditado "há males que vem para o bem". Talvez não.

Ainda acho que o "discursinho revolucionário anarquista" cansa.

Mas passei a achar - sim, depois de assistir todos os protestos, todos os lados (o que a mídia quer mostrar e o outro lado que - ainda bem - conseguimos ver pela internet) ao "Profissão Repórter" de ontem - que a situação é muito pior do que o ônibus que pego aqui na zona norte e vou ao centro.

Ou então a situação é muito pior do que o trânsito que você invariavelmente pega (com protesto ou não) confortável em seu ar-condicionado e vidros fechados protegidos por insulfilm (ou blindados), parados, sem produtividade alguma e reféns, veja só, de uma polícia truculenta e ineficiente, por vezes mais suspeita que a própria bandidagem. Inclusive nessas manifestações.

Enfim, não é um pedido de desculpas. Tampouco retratação, pois acredito que não tenha ofendido ninguém. Aliás, é preciso tomar cuidado pois qualquer coisa hoje pode ser ofensa.

Não é falta de convicção. Aliás, as convicções são quadradas.

Assim como são quadradas as pessoas que acham que "a polícia deve descer chumbo nesse bando de vagabundos".

Tomara que a situação mude para melhor e que os "vagabundos" de hoje se tornem um exemplo (ou algo assim) de mudança de amanhã.

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