quarta-feira, 6 de março de 2013

Facebook, post-mortem e herois



Vamos brincar de democracia?

Usando o bom senso, não uso o “feice” para grandes textos. Uso este espaço e deixo o link lá. Clica e lê quem quer.

(se você está abalado com a morte do Chorão, pare por aqui. Minha intenção não é ofender ninguém.)

E você (s) inundam a minha timeline com homenagens, músicas e clipes do Chorão (ou de qualquer outra personalidade que morre na era pós-facebook).

Que procurou e achou o proprio destino. Falo por experiência propria, vivida em casa.

E eu, com a mesma liberdade, tenho o direito de não gostar desse cantor e sua banda.

Assim como vocês também criticam coisas que outros gostam.

O fato d’ele morrer e “brotar” fãs não me incomoda. Afinal, é só morrer para virar ídolo.

Tenho o direito de não endeusar um cara que se entitula “vagabundo, porra!” (palavras dele).

Não tenho culpa se não marcou minha infância e adolescência.

E, mais óbvio ainda, isso não faz de mim um louco. Cada um ouve o que quer, certo?

Os seus “herois” morreram. Estão lá Chorão, Renato, Cazuza.

Respeito suas obras e importância na música brasileira, inegáveis. Até uso um trecho de uma música do cbjr em um dos meus álbuns.

Mas não gosto da personalidade. Não mesmo. Fui a um show do cbjr e foram 20 minutos de ladainha, discurso barato de quem quer ser o revolucionário cantor de outros tempos.

Não gostar não faz de mim (e de alguns outros) um imbecil, mesmo que as pessoas pensem assim apenas por não gostar dos seus "ídolos".

Numa era em que a foto do corpo estirado no chão é exposta livremente em todos os sites, não me surpreende as reações inflamadas e extremas de quem gosta da personalidade.

Não existem distâncias no m(s)eu novo mundo.

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