segunda-feira, 25 de março de 2013

Opnião: nenhum deles me representa



Enquanto o bicho pega em outras comissões, tão importantes quanto a de Direitos Humanos e Minorias – José Genoíno está prestes a assumir a comissão de Justiça – a comissão de Direitos Humanos continua com seus protestos sem fim, um pastor de declarações polêmicas, pautadas pela religião e uma legião de seguidores e uma outra legião sem fim de contrários à sua eleição para presidir a comissão.

Marco Feliciano divide as atenções com outros que estão à margem da presidência: o deputado Jean Wyllys, homossexual, o pastor Silas Malafaia e o ditador frustrado Jair Bolsonaro. Enquanto o primeiro luta – de forma questionável, assim como os outros – pelos direitos dos LGBT, Malafaia vem do outro lado gritando e Bolsonaro tira sarro, se diverte.

As acusações de racista e preconceitoso dirigidas à Marco Feliciano são válidas. É inadmissível que um parlamentar paute seus conceitos pela religião, afinal o Estado é laico. Como pastor evangélico, tem lá suas crenças – “se não der a senha do cartão, não vale!” – e as coloca acima de tudo. Mas ao assumir a comissão, Feliciano tem enfrentado vários protestos, de pessoas que acham que vão conseguir as coisas a grito. É de uma falta de educação sem fim, de ambos os lados. Talvez Feliciano renuncie. Mas de nada adianta entrar qualquer outro que seja de determinada minoria ou que tenha formação parlamentar pautada por crenças, opções, etc.

Por outro lado temos Jean Wyllys. Um cara que reclama tanto, faz um pandemônio junto com seus ativistas e é tão asqueroso quanto Feliciano. Como achar que a comunidade gay está sendo bem representada? Jean tem sua formação acadêmica, é estudado, etc. Mas o engajamento do deputado é vazio, pautado por uma disussão de “direitos” que todos devemos ter, mas baseada, às vezes, em privilégios.
 
Bolsonaro e Malafaia garantem algumas risadas – como não lembrar da inesquecível placa “queimar rosca todo dia”? de Bolsonaro? – afinal, estão aí para ver o circo pegar fogo. Malafaia grita, grita, grita e... Nada.

O grande problema de uma comissão de direitos humanos e minorias é que ela deve servir a várias dessas minorias, mas jamais presidida por um representante delas. Obviamente cada um vai “puxar sardinha” para o que lhe convém e isso vai contra qualquer tipo de democracia. É algo como “cada um por si e Deus por mim”.





Nem Feliciano, nem Jean, nem Malafaia e nem Bolsonaro. Eles não me representam.

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