segunda-feira, 30 de julho de 2012

Olimpíadas só na... Record?


Não se fala em outra coisa a não ser os Jogos Olímpicos de Londres. O Brasil está parando ao assistir os jogos de nossas vitoriosas equipes e atletas, vibrando com cada gol, ponto ou vitória. As redes sociais estão em comoção por nossos atletas. Essa é a visão da emissora dos bispos nessa Olimpíada.

Detentora exclusiva dos jogos na TV aberta, a Record tem o desafio de apagar a mancha deixada pela transmissão do Pan Americano de 2011, em Guadalajara. Erros bobos, crassos, mas que não passaram despercebidos pelos telespectadores. Na época, quiseram entregar um produto. No final, entregaram uma má transmissão, com saldo negativo em audiência, repercussão e qualidade. Alguns vão falar que é perseguição, mas não é o caso. A exigência torna-se maior a partir do momento que a emissora deseja atingir um nível. Nível este que não conseguiu até então. Outra coisa: não cabe mais falar sobre a disputa Globo x Record.

A expectativa foi grande para o início das transmissões dos Jogos de Londres. Cabia à emissora da Barra Funda mostrar a que veio, junto com todo seu arsenal de tecnologia e jornalistas, ancorados pela experiente Ana Paula Padrão. Na quarta, dia 25, foi dado o pontapé inicial com a transmissão do primeiro evento: a partida de futebol feminino entre Brasil e Camarões, com direito a goleada brasileira por 5 a 0. Até aí, tudo é festa. Mas a sombra da transmissão do Pan-11 não só pairou como baixou em Londres. Ufanismo – ao melhor estilo Galvão Bueno -  erros nos comentários, e a insistente frase: “a Record é a única emissora emissora de TV aberta do Brasil no estádio” ou então “Olimpíadas, só na Record” e por aí vai. Abusou da paciência do espectador. No meu caso, troquei o conforto do sofá para assistir à transmissão pelo computador, no Terra. Que, certamente, faz uma transmissão melhor que a emissora.

No dia seguinte, quinta, 26, a estreia da seleção masculina no futebol. Neymar e cia. são “a menina dos olhos da Record”. Se o ouro vier, a Record vai encher a boca para falar isso. Mas a transmissão foi tão pior quanto a do dia anterior. O narrador Lucas Pereira mostra total inexperiência, errando nome de jogadores (Rômulo foi chamado de Juan), errando lances (a defesa do Egito afasta sendo que era o ataque egípcio que estava em frente), entre outros. Romário, de comentarista, nada acrescentou. E novamente repetindo o que todo mundo já sabia: “a Record é a emissora exclusiva...”.

Na sexta, dia da cerimônia de abertura, as coisas pareceram mais tranquilas. Ana Paula Padrão esteve à frente dos trabalhos junto com Maurício Torres e a (chata) Mylena Ceribelli. Foram comedidos nos comentários e até mesmo quando o Brasil entrou no desfile. Antes da transmissão, fiquei na expectativa do repórter Celso Zucatelli – responsável pela cobertura dos pouplares no evento – em dizer que a fazenda da abertura era inspiração do reality “A Fazenda” ou então chamar o Britto Jr. para mandar os argentinos pra roça (a eliminação do programa). Ainda bem que nada disso aconteceu.

Mas o pior estava por vir: na primeira transmissão do evento, Ana Paula Padrão fala “o-nome-da-emissora-que-não-pode-ser-falada-na-rede-Record”. Veja no vídeo:



Ninguém poderia esperar por tal erro. A jornalista, experiente que é, contornou a situação sem titubear. Mas o alto escalão da emissora deve ter ficado com a cabeça queimando tal qual a pira olímpica. O “porra” dito por Mylena Ceribelli após um erro da produção nem fez o mesmo barulho.

O primeiro final de semana de transmissão foi tranquilo, sim. Os erros não foram mais vistos, apesar de alguns rompantes nacionalistas do narrador Maurício Torres. Os jogos de vôlei, tanto o masculino quanto o feminino tiveram emoção dosadas na medida pela Record. Além disso, a trasmissão ocupou boa parte do dia e da noite na programação, mesmo quando os brasileiros não estavam em disputa.

Até o dia de hoje, a Record tem demosntrado um esforço para entregar um produto com a qualidade que merece. O evento mais importante do esporte merece uma transmissão à altura da grandeza que oferece. Durante a tarde, a emissora exibiu várias disputas, mas ainda tem erros. Especialmente com o narrador Lucas Pereira. É o que mais erra em transmissões. Na de hoje, na natação, confundiu nacionalidades. Erros pequenos, mas quando tornam-se constantes, não passam despercebidos.

Faltam aproximadamente duas semanas para o fim dos Jogos Olímpicos e a Record ainda tem que mostrar a qualidade que tanto quer buscar.  


P.S.: O primeiro parágrafo é uma ironia, que fique bem claro. Afinal, o penico está voando!

3 comentários:

  1. Olá, tudo bem?
    Ao ler o primeiro parágrafo, quase tive um infarte. Foi quando percebi que era ironia hehehe.

    A Record não tem como competir com a Globo. Transmissão muito abaixo do padrão. Apesar de não gostar da Globo, prefiro assistir em TV fechada do que na Record.

    E a Ana Paula dizendo "Jornal da Globo" foi espetacular. hahaha

    Beijos, Fernando Coronato

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  2. eu iria ler neste exato momento, mas o post eh exímio de tão grande então primeiro vou fazer cocô pois se não me cagarei no meio da leitura ! Ja venho

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