quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A banalização do feminismo

FEMEN: protesto das neo-mulheres
FEMEN no Brasil: demorou pra chegar

As imagens não chocam mais. Toda semana, fotos de mulheres riscadas são vistas sendo arrastadas, como animais, por policiais – aparentemente brutos. Nas Olimpíadas, viraram notícia, com manifestos, palavras de ordem, etc. Claro, a moda chegou no Brasil. A terra das mulheres bonitas, sensuais. Até que demorou.

O FEMEN, grupo feminista – ou neofeminista – usa do corpo para gritar (e mostrar) direitos.  Foi criado na Ucrânia em 2008 e protesta contra o sexismo e outros problemas da sociedade. É no mínimo engraçado: protestam contra o sexo e banalização da mulher, mas saem de tetas riscadas de fora. Pode parecer machismo, mas sim, são tetas. Mulher que tem seio, peito, não o saem expondo em tudo quanto é lugar.

Artifício barato: gritos e agitação
Ele pede, o FEMEN dá.
Como disse, as imagens não chocam mais. Os seios escritos aparecem nas homepages e jornais sem nenhum tipo de censura. Não que seja errado, afinal, não vejo diferença em fotos de descamisados e mulheres em poses sensuais. Uma parte do corpo que todos temos, no caso delas, com mais volume. Mas as imagens mostram uma brutalidade falsa.

Ao ver fotos das ativistas, chego à conclusão de que é um artifício – barato, por sinal. Foi difícil escolher as fotos para esse post. Nunca vi pessoalmente um protesto dessas neomulheres, mas a impressão que tenho é que usam da força (supostamente) brutal de policiais para se debaterem e criar imagens fortes, chocantes. E aí começa a banalização. Elas se debatem, gritam, passando a impressão de que estão sendo humilhadas e violentadas.

Todo “ismo” é ruim. Esse sufixo -ismo significa (também) doença, é um erro usá-lo. Mulheres falam em “machismos” dos homens e delas próprias, e o condenam, com razão. Afinal, desde os tempos idos da bíblia cristã, o machismo prevalece: o homem é o provedor da casa, a mulher cuida da casa. O homem sustenta e a mulher é submissa. A mulher deve servir e o homem, pedir. Até Deus, que não sabemos quem ou o que é,  é tratado como homem, afinal é “O Deus”. Mais machista impossível. Já o feminismo não é condenável, pelo menos pela maioria. Essa sim, essa “doença”, pode,é aceita. Isso é incoerente, banal. As mesmas mulheres que condenam a sumbissão, o uso do corpo da mulher como objeto, o mostra como um objeto que alimenta uma imprensa ávida por sensacionalismos. Olha aí, mais um –ismo.

Bundas e peitos, fotos e mais fotos

Tetas rabiscadas de fora: banalização
O FEMEN pode até ter seus ideais, propostas e argumentos. Mas não com as tetas de fora.

Um comentário:

  1. As moças querem ser tratadas iguais, receberem os melhores salários. Com todo direito, claro.
    Querem agir como homens... dar e desapegar!
    Não ter sentimentos, ser frias. Beleza.
    Agora pra dividir a conta do restaurante, ninguém quer né?

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