domingo, 12 de agosto de 2012

Medalha de prata - suada - para a Record

SÓ na Record: insistência insuportável
As Olimpíadas de Londres foram anunciadas com pompa pela Rede Record, afinal foi a única em rede aberta a ter os direitos exclusivos. Os jogos chegaram e a emissora tinha que apagar a má imagem deixada pelos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011. As falhas não passaram despercebidas e a cobrança só aumentou.

Londres chegou e a Record montou um aparato técnico pouco visto em outras transmissões. Uma equipe grandiosa, estúdios igualmente grandes, tinha tudo nas mãos para superar o “monopólio” global (como se a Record não o fizesse). As transmissões começaram e aí... A âncora e principal estrela da Record nos Jogos, Ana Paula Padrão disse um impropério: “aqui no Jornal da Globo”. Um pecado mortal. Mas perdoado. O barulho foi grande e, em certa parte, ajudou a emissora. Nome aos quatro ventos, sites e redes sociais.

Ana Paula Padrão: só na Globo... Quer dizer, Record
As transmissões esportivas ficaram marcadas por erros, principalmente do narrador Lucas Pereira. Erros como trocar nome de jogadores, ufanismo exarcebado, empolgação além da medida com competições que o Brasil sequer competiu não foram perdoados. Maurício Torres também teve seus momentos empolgados, o que prejudicou a qualidade da transmissão. Mylena Ceribelli – que, na minha opinião, acho horrível – só foi objeto de decoração. Apresentou poucas coisas, pouco para uma carreira consolidada, afinal é uma ex-Globo. O “porra” que ela soltou sem saber que estava no ar foi mais importante, talvez. Outro ponto negativo foi a insistência insuportável que os narradores diziam: “Olimpíadas, só na Record” ou “a Record é a única emissora de tv aberta aqui em Londres”. Irritante, desnecessário e talvez, medo das pessoas esquecerem desse fato. 

Celso Zucatelli: bobo da corte olímpica da Record.
Assim como a maioria dos outros comentaristas
Os comentaristas foram um show à parte. Romário que o diga. Falastrão, disse o que lhe veio à cabeça, sem medir palavras. Crucificou Mano Menezes de forma veemente e não hesitou em falar mal do treinador. Alguns foram meros torcedores, como Virna no vôlei. Destaco Luisa Parente na ginástica, sempre segura nos comentários do esporte e Oscar, esse sim, torcedor que transmite informação – ao contrário de Romário. Celso Zucatelli fez a parte "popular" da transmissão: no meio da galera, com estrelas da casa (Rodrigo Faro falou sobre a carreira, entre outras peculiaridades). O tom mais "humano" foi trocado pelo "popularesco". Tosco e em alguns momentos, ridículo.

A Record transmitiu horas de esporte, o que é louvável. As tardes foram trocadas por diversos esportes. Alguns desnecessários, como as longas transmissões de ginástica e natação – apelo sexual óbvio para garantir audiência. Audiência esta que não correspondeu como o esperado. Foi líder em alguns momentos – no sábado, 11 foi líder por quase um dia inteiro, feito inédito – principalmente em transmissões de vôlei e futebol. A Record não passou a Globo e nem teve audiência superior. Os bispos talvez ficaram descontentes com o retrono obtido, afinal, milhões de dólares foram depoistados pela transmissão do evento. A prata estaria de bom tamanho para a Record. Prata suada, aliás.

Zucatelli e Romário em foto para o "feice".
A imagem de emissora olímpica não “colou” e duvido que um dia “cole”.

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