sexta-feira, 24 de maio de 2013

Afinal, quem quer ser o presidente da república?

A disputa eleitoral para a presidência em 2014 ganha contornos cada vez mais indefinidos

Cada um se arma como pode e no meio de tudo isso a indefinição de vários nomes é pauta de todas as seções de política de sites, jornais e revistas. O tucano Aécio Neves, recém empossado presidente do PSDB, já aparece em propagandas “convocando” o povo brasileiro a fomentar “opiniões” e contribuir com o partido. Uma máscara para angariar eleitores. Afinal, é mais do que sabido que Aécio – o prodigioso ex-governador de Minas Gerais – será o candidato tucano à presidência. José Serra, aquele que perdeu inúmeras disputas, segue no limbo, sem definição alguma: Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, disse que Serrá “não ficará de fora da disputa em 2014”. Só não sabe se como presidente (o que é uma balela), senador ou na pior das hipóteses, uma derradeira cadeira na Câmara dos Deputados. Ou ainda, sair do partido que o alçou aos holofotes da política nacional e partir para algum dos inúmeros partidos criados recentemente.

A oposição, como podemos ver, é fraca, desunida (“deixa o Serra pra lá”) e confusa. Não há um programa que consiga fazer frente à ideologia situacionista. No PSDB, temos uma aliança prodigiosa: FHC e o senador Aloysio Nunes apoiam Aécio Neves, com Alckmin fazendo coro. Aqui, sim, uma união. Se colherá frutos, impossível dizer. O PSDB parte para o ataque com a mesma bandeira social que consagrou o PT quando este chegou ao poder. A entrevista de Aécio Neves à IstoÉ deixou claro que é a intenção tucana aproximar-se das camadas mais pobres da população e quer desmanchar a imagem de partido “elitista”.

Enquanto isso, a situação aparece tão desunida quanto a oposição. PT e PMDB, partido da presidente Dilma e do vice Michel Temer, cada vez mais batem de frente em várias disputas: a MP dos Portos é um exemplo recente. O PMDB, um partido que nada conforme a corrente, se mostra contrário à várias opções do PT de Dilma, causando um desgaste cada vez maior num ano que precede a disputa eleitoral. E a tendência é piorar.

Outro partido da base aliada, o PSB de Eduardo Campos já avisou: vai entrar na disputa presidencial. O governador de Pernambuco já avisou aos aliados: “o PT e o governo tentam evitar minha candidatura”. Dentro do partido, o nome de Campos não é unanimidade. Alguns governadores já declaram apoio à reeleição de Dilma.

Os três principais candidatos – ou supostos candidatos – já lançaram mão de ações na tv, com comerciais exaltando os feitos na gestão (Eduardo Campos), comemorando os dez anos do partido no poder (Dilma, com o apoio do inseparável Lula) e da “novidade” (Aécio como presidente do PSDB). Porém, o noticiário não deixa dúvidas: é a dança das cadeiras, em que todos podem cair no chão. 

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