O último capítulo teve todos os desfechos possíveis e
imagináveis, sempre calcados nos erros de produção, questionável direção
musical e erros de direção. Algumas coisas foram, boas: o strip-tease de
Cláudia Raia, mostrando porque ainda é uma das mais belas atrizes desse país,
além de toda desenvoltura ganha em inúmeros musicais estrelados por ela. O
desfecho de Wanda foi hilário: virou evangélica na cadeia – lembram-se que no
começo da novela os evangélicos “boicotaram” a novela? E só.
O resto foi um festival de confirmações que se arrastavam há
sete meses: Giovanna Antonelli e “Donaelô” foi a verdadeira protagonista, a
Morena de Nanda Costa foi insuportável, assim como o Theo de Rodrigo Lombardi,
e por aí vai. Ah, claro, não podemos esquecer Thammy Gretchen, “achada” numa
reta final e Maria Vanúbia (Roberta Rodrigues), que não foi bagunça anovela inteira. Talvez a única personagem
coerente disso que se pode chamar de “novela”.
O telespectador brasileiro foi mal acostumado com “Avenida
Brasil”. A qualidade superior de produção e fotografia (totalmente baseada em
produções de seriados americanos), a qualidade do texto de João Emanuel
Carneiro (ágil, preciso, mas com algumas falhas, é verdade), a qualidade da
direção de atores (não havia “canastrões” como Lívia Marine de Cláudia Raia) e
a qualidade (e pouca quantidade, ante os 80 de “Salve Jorge”) do elenco fizeram
com que o telespectador abrisse os olhos para ver que esse produto tem muito
fôlego ainda. “Salve Jorge”, desastrosa, baixou todos esses níveis de qualidade
a um nível impensável para uma produção da Rede Globo. Aqui uma galeria com alguns dos erros: http://televisao.uol.com.br/album/2013/05/13/relembre-alguns-erros-de-continuidade-de-salve-jorge.htm#fotoNav=3
“Amor à Vida”, de Walcyr Carrasco, marca a estreia deste no
horário das 9. Autor de sucessos das 6 (“Chocolate com Pimenta, “Alma Gêmea”) e
das 7 (“Sete Pecados”, “Caras e Bocas”), além do remake de "Gabriela" no ano passado, Carrasco tem tudo para reverter o
quadro deixado pela turma da Turquia, do Alemão e de Gloria Perez. As imagens
das chamadas já mostram uma novela ágil, com uma fotografia muito superior
(mostrar imagens de cartão postal como em “Salve Jorge” é inútil. Coisas da
década de 90), número reduzido de personagens (em torno de 40, assim como "Avenida Brasil") e história mais coerente, mas não menos “requentada”: irmão com
ciúme da irmã, mãe possessiva, filha rebelde, homem e mulher encontram-se num
acaso do destino, casal gay, etc.
“Salve Jorge” termina com a menor média geral entre todas as
produções das 9, 34 pontos. Mas será eternamente lembrada pelo modo de como NÃO
fazer uma produção audiovisual, seja ela filme, novela ou seriado. E, claro, pela
zoação feita infinitamente nas redes sociais. Já "Amor à Vida" estreia ainda com a sombra de "Avenida Brasil".
Mas, depois de "Salve Jorge", o que vier é lucro.
*O título é a hashtag que ficou no topo dos tranding topics mundiais do twitter.
Mas, depois de "Salve Jorge", o que vier é lucro.
*O título é a hashtag que ficou no topo dos tranding topics mundiais do twitter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário